Saúde

Congelamento de embriões aumentam mais de 125% em 10 anos no Brasil

O método tornou-se uma prática cada vez mais comum para preservar as células reprodutivas

Por Da Redação
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Congelamento de embriões aumentam mais de 125% em 10 anos no Brasil

Foto: Arquivo/Andre Borges/Agência Brasília

O Brasil teve um aumento expressivo de embriões congelados entre 2014 e 2023, com um salto de mais de 125% nos procedimentos anuais, de acordo com dados do Sistema Nacional de Produção de Embriões (SisEmbrio) da Anvisa. O número anual passou de 47.812 para 107.830, acumulando um total de 840.232 embriões congelados ao longo de uma década.

O congelamento de embriões, realizado através da técnica de vitrificação, tornou-se uma prática cada vez mais comum para preservar as células reprodutivas femininas e masculinas. Este procedimento, que tem um custo médio de R$ 20 mil, difere do congelamento de óvulos, que se concentra apenas nas células da mulher.

No entanto, entre 2020 e 2023, um número significativo de embriões foi descartado no país - 196.504 no total, representando metade do total coletado no período de quatro anos. O descarte só é permitido com a autorização dos doadores e após três anos de congelamento, de acordo com as normas do Conselho Federal de Medicina.

Embriões não utilizados têm sido doados para fins de fertilização in vitro ou para pesquisas, embora haja regulamentações rígidas em relação a essas práticas. A crescente popularidade do congelamento de embriões é atribuída à preferência das mulheres em adiar a maternidade e às preocupações decorrentes da pandemia de Covid-19.

Questões éticas e legais envolvendo o descarte de embriões têm sido objeto de debate, com alguns especialistas destacando que não há legislação equiparando o descarte a um aborto.

Apesar de alguns serviços de reprodução assistida serem oferecidos gratuitamente pelo SUS desde 2012, muitos hospitais públicos cobram pelos medicamentos e procedimentos. A burocracia e as longas filas de espera são desafios significativos para as mulheres que buscam tratamento. Em algumas regiões, como no Distrito Federal, a ordem de atendimento é determinada pela idade da mulher e pela ordem de inscrição na fila.

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