CPMI do 8 de janeiro recebe lista de visitas ao ex-ajudante de ordens Mauro Cid na prisão
Cid foi detido sob a acusação de inserir dados falsos no sistema do Ministério da Saúde
Foto: Agência Brasil
A CPMI do 8 de janeiro teve acesso, nesta terça-feira (11), à lista de visitas recebidas pelo tenente-coronel Mauro Cid durante o período em que está preso. Cid, ex-ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro, foi detido em 3 de maio sob a acusação de inserir dados falsos no sistema do Ministério da Saúde para adulterar cartões de vacinação.
A lista de visitas é mantida em sigilo pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que também restringiu o acesso ao ex-ajudante de ordens.
Entre os nomes que constam na lista, estão militares. O ex-secretário de Comunicação e advogado de Jair Bolsonaro, Fabio Wajngarten, foi um dos visitantes de Cid na prisão.
Wajngarten esteve no Congresso Nacional nesta terça-feira e comentou o depoimento de Cid, afirmando que o tenente-coronel era a porta de entrada para quem queria falar com o presidente. Ele ressaltou que o telefone de Cid sempre esteve disponível e que não há o que temer em relação a isso.
Outro visitante foi o ex-comandante do Exército, Júlio César de Arruda. O general assumiu o comando da instituição em dezembro de 2022, mas foi demitido pelo presidente Lula em janeiro de 2023, após os atos do 8 de janeiro em Brasília. Arruda também discordou da ordem para revogar a designação de Cid para chefiar um batalhão em Goiânia.
Além de Wajngarten e Arruda, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello e o ex-diretor de logística do Ministério da Saúde, general Ridalto Lúcio Fernandes, também estiveram na prisão para visitar Mauro Cid.
A lista completa de visitantes inclui ainda Gabriela Cid, esposa de Mauro Cid, Jean Lawand Junior, coronel do Exército que trocou mensagens com o ex-ajudante de ordens, e Mauro César Lourena Cid, general da reserva e pai de Cid.
