Descarte de lixo eletrônico: responsabilidade social e ambiental
Confira o editorial desta segunda-feira (14)
Foto: Divulgação
Equipamentos elétricos e eletrônicos possuem diversos componentes tóxicos nas estruturas. Casos descartados de maneira incorreta, esses resíduos tóxicos podem contaminar o solo e lençóis freáticos, o que – principalmente, mas não só - coloca em risco a saúde pública.
E este é um agravante que deixa o Brasil e toda a América Latina em alerta. Uma recente pesquisa da Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Unido), revela que apenas 3% do lixo eletrônico nesta porção do globo terrestre é descartado da forma correta e tratado de uma maneira que respeita o meio ambiente.
Além disso, não há monitoramento dos demais 97%, sendo que muitos materiais contêm ouro e outros metais preciosos e poderiam ser recuperados, com valor equivalente a 1,7 bilhão de dólares por ano.
O lixo eletrônico gerado por 206 milhões de pessoas nos países analisados, atingiu a marca de 1,3 megatoneladas, sendo que 30% eram plásticos. Este volume tem peso similar a uma linha reta de 670 km de extensão formada por caminhões de 40 toneladas totalmente carregados.
O documento aponta, ainda, que resíduos e materiais eletrônicos estão entre os tipos de lixo que crescem de forma mais rápida no mundo, ameaçando o desenvolvimento sustentável.
Crianças expostas ao lixo eletrônico são particularmente vulneráveis aos produtos químicos tóxicos que eles contêm devido ao seu tamanho menor, órgãos menos desenvolvidos e ritmo acelerado de crescimento e desenvolvimento. Elas absorvem mais poluentes em relação ao seu tamanho e são menos capazes de metabolizar ou eliminar substâncias tóxicas de seus corpos.
É por isso que existem maneiras e locais certos para descartar esse tipo de lixo. Quem fabrica ou vende pilhas e baterias é obrigado a manter um ponto de coleta, em que o consumidor pode deixar os produtos usados para o descarte correto. É uma responsabilidade de toda uma cadeia.