Dino chama incêndios no Brasil de "pandemia" e dá cinco dias para o governo aumentar efetivo de combate
Ministro ressaltou que país não pode "normalizar o absurdo"; Amazônia e Pantanal sofrem com diversos focos de queimadas
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/ Agência Brasil
O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Flávio Dino, classificou, nesta terça-feira (10), as queimadas na Amazônia e no Pantanal como uma "autêntica pandemia de incêndios florestais". Dino deu cinco dias para a ampliação do efetivo de combate aos focos nessas regiões.
Durante audiência de conciliação no Supremo, o ministro ressaltou que não se pode “normalizar o absurdo”, e que é necessário a manutenção do “estranhamento” diante do fato de "60% do território nacional está sentindo, direta ou indiretamente, os impactos dos incêndios florestais."
A audiência teve como objetivo avaliar o cumprimento pelo governo de uma decisão do STF que determinou a apresentação de planos de prevenção e combate a incêndios no Pantanal e na Amazônia.
Chamando a situação de “grave” e “inaceitável”, Dino disse que as queimadas devem ser enfrentadas da mesma forma que Covid-19 e as enchentes do Rio Grande do Sul. Ele ressaltou ainda que os incêndios não estariam ocorrendo se não fosse a ação humana.
Na audiência, a Advocacia-Geral da República (AGU) apresentou perguntas enviadas pelo ministro sobre ações do governo para enfrentar a alta dos focos na região.
Dino, que é relator das ações sobre o tema, marcou outra reunião do tipo para o dia 19 de setembro com governadores dos estados atingidos.