Disparidades salariais marcam o mercado de trabalho brasileiro, revela Caged

De acordo com dados do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), o mercado de trabalho brasileiro apresenta divergências salariais evidentes, destacando disparidades regionais, estaduais e de gênero. No primeiro semestre deste ano, a remuneração inicial dos trabalhadores no Sudeste foi 25,7% maior do que no Nordeste, com valores iniciais de R$ 2.165,83 e R$ 1.722,29, respectivamente.

O salário inicial médio no Brasil teve um aumento de 2,5% e atingiu R$ 2.015,04 no primeiro semestre. Essa média só é superada pelo Sudeste, seguido pelas regiões Sul (R$ 1.960,98), Centro-Oeste (R$ 1.883,02) e Norte (R$ 1.769,67). Contudo, ao analisar as unidades da federação, a diferença se torna ainda mais acentuada, chegando a R$ 721,75 (45,6%) entre o salário inicial em São Paulo (R$ 2.303,24) e na Paraíba (R$ 1.581,49), que marcaram os extremos da pesquisa. Vale mencionar que em junho, o salário inicial na Paraíba teve uma queda significativa de 5,3%.

Além disso, as diferenças salariais são notáveis também entre os sexos. Enquanto os homens têm uma média de remuneração mensal de R$ 2.094,06 ao ingressarem em um novo emprego, as mulheres recebem 9,4% a menos, totalizando R$ 1.896,76.

Na análise dos setores de atividade, a construção e a indústria são os que oferecem os maiores salários médios de admissão no Brasil, com R$ 2.151,79 e R$ 2.146,22, respectivamente. O ramo de serviços aparece em seguida, com remuneração média de R$ 2.082,85. Por outro lado, os setores de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura oferecem uma média salarial de R$ 1.838,91, enquanto o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas pagam R$ 1.778,20, sendo os segmentos com menor oferta salarial para os profissionais recém-admitidos.