Dívida Pública Federal atinge R$ 6,325 trilhões em novembro, revela Tesouro Nacional
Correção de Juros e Emissões Líquidas Impactam o estoque
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
O estoque da Dívida Pública Federal (DPF) registrou um aumento de 2,48% em novembro, alcançando a marca de R$ 6,325 trilhões, conforme dados divulgados pelo Tesouro Nacional nesta quarta-feira (27). Houve um crescimento significativo em comparação com outubro, quando o estoque estava em R$ 6,172 trilhões.
A correção de juros no estoque da DPF foi de R$ 43,84 bilhões no último mês, enquanto houve uma emissão líquida de R$ 109,26 bilhões. A DPF abrange tanto a dívida interna quanto a externa. A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi) teve um aumento de 2,49% em novembro, atingindo R$ 6,075 trilhões.
A Dívida Pública Federal externa (DPFe) também apresentou crescimento, ficando 2,34% maior no mês e totalizando R$ 250,05 bilhões ao fim de novembro. Mesmo diante do ciclo de queda da taxa básica de juros, a parcela de títulos da DPF atrelados à Selic subiu para 39,38%, enquanto os papéis prefixados ampliaram sua fatia para 26,20%.
Os títulos remunerados pela inflação caíram para 30,27% do estoque da DPF em novembro, enquanto os papéis cambiais oscilaram a participação de 4,18% para 4,16% no último mês.
O Tesouro informou que a parcela da DPF a vencer em 12 meses apresentou uma diminuição, passando de 20,81% em outubro para 20,48% em novembro. Além disso, o prazo médio da dívida teve um recuo de 4,09 anos para 4,04 anos na mesma comparação.
O custo médio acumulado em 12 meses da DPF também apresentou redução, passando de 10,86% ao ano para 10,65% ao ano no mês passado.
Em relação a participação dos investidores estrangeiros, esta diminuiu em novembro, representando 9,94% do estoque da DPMFi, em comparação com os 10,18% de outubro. As instituições financeiras mantiveram a maior participação, com 28,89% em novembro, enquanto a parcela dos fundos de investimentos se manteve em 23,45%.
Sobre a reserva de liquidez, o Tesouro Nacional encerrou novembro com R$ 908,86 bilhões no chamado "colchão da dívida", um aumento de 11,43% em termos nominais em comparação com os R$ 815,6 bilhões de outubro. O montante ainda é 20,41% menor que o observado em novembro de 2022 (R$ 1,142 trilhão). Este valor é crucial para determinar a capacidade do país de honrar seus compromissos financeiros.