Eleições 2022: partidos devem receber R$ 4,9 bilhões do fundo eleitoral

Caso o Supremo Tribunal Federal (STF) confirme o valor de R$ 4,9 bilhões do Fundo Eleitoral, em julgamento que será retomado hoje, o novo fundo eleitoral renderá um valor inédito aos 32 partidos ativos no país.

O fundo deverá pagar mais de R$ 770 milhões a um único partido: o União Brasil, fusão entre PSL e DEM formalizada no início do mês passado, montante que equivale a 15,7% do total.

Em seguida, o Partido dos Trabalhadores (PT), do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, deve receber R$ 484,6 milhões (9,9%) do Fundo Eleitoral. Já o MDB, o terceiro colocado, ganhará R$ 356,7 milhões.

Diferente do fundo partidário, que é pago mensalmente às agremiações, o fundo eleitoral é disposto apenas em anos de embates nas urnas. O recurso foi criado por lei em 2017, dois anos após o STF desautorizar doações de empresas para campanhas.

Em dezembro do ano passado, o Congresso aprovou o envio de R$ 5,7 bilhões para o fundo eleitoral de 2022. Obtendo maioria na Câmara e no Senado, os congressistas derrubaram um veto do presidente Jair Bolsonaro (PL), que havia proposto um valor de R$ 2,1 bilhões. 

O Congresso reduziu, ainda no fim do ano passado, a verba para R$ 4,9 bilhões e sancionou a destinação deste valor no Orçamento de 2022. Apesar do recuo, a cifra ainda é a mais alta já determinada para o recurso, que deve ser distribuído em junho a partidos e candidatos.