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Esquemas de pirâmides financeiras se espalham pelo Brasil

Pesquisa da CVM aponta que principais vítimas são homens de 30 a 39 anos

Por Da Redação
Ás

Esquemas de pirâmides financeiras se espalham pelo Brasil

Foto: Reprodução

Esquemas de pirâmides financeiras se alastram pelo Brasil e preocupam as autoridades. Na semana passada, a Polícia Federal (PF) prendeu o dono da GAS Consultoria Bitcoin, o ex-garçom Glaidson Acácio dos Santos, acusado de fraudes bilionárias envolvendo criptomoedas. Devido ao grande número de ações fraudulentas, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) afirmou que tem recebido consultas e denúncias de esquemas.  

Apenas no ano passado, o “xerife do mercado” enviou 325 comunicados de indícios de crimes financeiros aos Ministérios Públicos (Federal e estaduais), 75% a mais em relação ao ano anterior. De acordo com a autarquia, as denúncias mais frequentes são de pirâmides financeiras. Dos 325 comunicados enviados, 175 tinham indícios do esquema.

Por dever, a CVM comunica às Promotorias os indícios de “ilícito penal de ação pública”. Mas, por ser uma esfera administrativa, e não criminal, investiga apenas casos com “existência factual de serviço prestado ou de efetivo negócio ou empreendimento subjacente”. Criada há um século pelo italiano Carlo Ponzi, a pirâmide financeira é um esquema pelo qual novos investidores pagam pelos ganhos elevados dos mais antigos, até que o negócio “estoura”, quando o novo dinheiro que entra é insuficiente para sustentar os lucros.

Em busca de medidas de prevenção contra as fraudes, a CVM realizou uma pesquisa com vítimas de pirâmides financeiras. De acordo com o levantamento, as vítimas mais comuns são homens (91%), de 30 a 39 anos (36,5% do total), com renda familiar de dois a cinco salários mínimos (23%) e ensino superior completo ou pós-graduado (71%). A pesquisa apontou também que as criptomoedas (das quais a mais famosa é o bitcoin) aparecem no topo da lista das fraudes financeiras. O levantamento mostra que esse foi o ativo usado em 43% dos esquemas. A pesquisa mostra ainda que a divulgação das fraudes é mais frequente por aplicativo WhatsApp (27,5%), seguido pela divulgação boca a boca (19,7%).

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