Extrema pobreza: Brasil já soma 13,5 milhões de miseráveis
Grupo sobrevive com 145 reais mensais
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Foto: Reprodução
A extrema pobreza subiu no Brasil e já soma 13,5 milhões de pessoas sobrevivendo com até 145 reais mensais. De 2014 para cá, 4,5 milhões de pessoas caíram para a extrema pobreza, passando a viver em condições miseráveis. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta do desemprego, os programas sociais mais enxutos e a falta de reajuste de subvenções como o Bolsa Família aumentam o fosso do mais pobres.
O indicador de pobreza do Bolsa Família, por exemplo, é de 89 reais - abaixo do parâmetro de 145 reais utilizado pelo Banco Mundial. A miséria atinge principalmente estados do Norte e Nordeste do Brasil, em especial a população preta e parda, sem instrução ou com formação fundamental incompleta. Mesmo os filhos dessas famílias que queiram superar a condição de estudos dos pais acabam paralisados pela limitação econômica familiar.
A falta de renda acaba empurrando os estudantes desse estrato para a evasão escolar. Entre ir à escola ou trabalhar para evitar que a família passe fome, a segunda opção é a mais óbvia. Segundo o IBGE, 11,8% dos jovens mais pobres abandonaram a escola sem concluir o ensino médio no ano passado. Trata-se de um índice oito vezes maior que o dos jovens ricos. De 2017 para 2018 foram 200.000 pessoas a mais que assumiram o status de miseráveis. As informações são do El País.