Governo pretende superar burocracia e custos altos para operadoras e ampliar cruzeiros no Brasil
Pacote de cinco dias de viagem nacional a bordo de navio custa cerca de R$4 mil por pessoa
Foto: Tomaz Silva/Agência Brasil
O governo federal pretende impulsionar o setor de cruzeiros no Brasil e aumentar a oferta de viagens de navio, mas encontra dificuldades como excesso de burocracia e custos altos para as operações das empresas.
Apesar dos obstáculos, o Executivo espera que a atual temporada de cruzeiros, que começou em outubro de 2023 e vai até o fim deste mês, seja a melhor em uma década. A previsão é que sejam injetados R$5,1 bilhões na economia, valor que inclui gastos dos passageiros e dos tripulantes nas cidades visitadas e nos portos, além dos investimentos das empresas para realizar as viagens.
Há, ainda, a expectativa de geração de 80 mil empregos diretos e indiretos. De acordo com o Ministério do Turismo, são, ao todo, 203 roteiros, com oferta de mais de 840 mil leitos para os passageiros.
São duas empresas em atuação no país, com nove navios em operação, terceiro menor número da série histórica. Na temporada 2010-2011, o país chegou a ter 20 embarcações. Confira:
- 2004-2005: 6
- 2005-2006: 9
- 2006-2007: 11
- 2007-2008: 14
- 2008-2009: 16
- 2009-2010: 18
- 2010-2011: 20
- 2011-2012: 17
- 2012-2013: 15
- 2013-2014: 11
- 2014-2015: 10
- 2015-2016: 10
- 2016-2017: 7
- 2017-2018: 7
- 2018-2019: 7
- 2019-2020: 8
- 2021-2022: 5
- 2022-2023: 9
- 2023-2024: 9
Entre os argumentos do governo federal para incentivar o setor no país, está o tamanho da costa marítima brasileira — são mais de 7,3 mil km de extensão, o 15º maior litoral do mundo.
Como forma de estreitar os laços com o grupo e atrair empresas estrangeiras para ofertar cruzeiros no Brasil, o ministro do Turismo, Celso Sabino, participa da maior feira do setor em Miami, nos Estados Unidos.
“A pessoa que viaja de cruzeiro geralmente tem um ticket médio muito maior, gasta e consome mais e traz mais recursos para a nossa economia. Estamos disputando palmo a palmo com outras grandes nações cruzeiristas”, argumentou Sabino.