Inflação muda custo-benefício de brasileiros, aponta estudo

Com a disparada de preços em decorrência dos índices de inflação, os brasileiros têm trocado os itens no carrinho de supermercado. Essa troca, porém, é apenas para os produtos mais baratos. 

De acordo com o estudo da Kantar, em alguns dos elementos, a troca acontece por itens mais caros. Isso se dá porque os preços dos itens básicos ficaram tão caros que a diferença de valor para um item mais sofisticado diminuiu, o que tem levado as pessoas a refazerem os cálculos do custo-benefício. 

O café em pó registrou alta de 56,7% no acumulado de 12 meses até o fim do primeiro trimestre de 2022. Com a disparada dos preços, o consumo recuou e o volume e unidades vendidas no varejo diminuiu 1,9%. 

O mesmo acontece com os óleos de cozinha. O óleo de soja aumentou 16% entre os primeiros trimestres de 2021 e 2022. O consumo desse item teve uma queda de 4,9%. Já os óleos de milho, canola e girassol tiveram reajustes menos intensos, de 4,5%, o que automaticamente incentivou o consumo. A alta desses itens foi de 27,8% em um ano. 

Já carnes processadas que normalmente têm custo por quilo mais elevado tiveram aumentos menos intensos nos preços.