Política

Investigação sobre Bolsonaro e Milton Ribeiro deve ser mantida pela MPF

A suspeita de interferência do ex-presidente levou inquérito ao STF

Por Da Redação
Ás

Atualizado
Investigação sobre Bolsonaro e Milton Ribeiro deve ser mantida pela MPF

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil/ Isác Nobrega/PR

O Ministério Público Federal (MPF) buscou na Justiça a continuação, “com celeridade”, da investigação que visa o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e Milton Ribeiro, ex-ministro do seu governo, por acusações de corrupção no Ministério da Educação e suposta interferência nas apurações. O diagnóstico, enviado na segunda-feira (19), pede o envio “imediato” do caso à Polícia Federal (PF) para apresentação das provas e conclusões obtidas até o momento.

“Considerando que não ocorreram novos andamentos investigativos no presente caso, tendo em vista que os autos ficaram aguardando a decisão do STF quanto à competência para atuar no feito, verifica-se a necessidade de se prosseguir com celeridade à apuração”, disse a procuradora da República Carolina Martins Miranda De Oliveira.

A investigação está na Justiça Federal do Distrito Federal.

O caso chegou a tramitar no Supremo Tribunal Federal (STF) devido às suspeitas de que Bolsonaro teria interferido na investigação da PF que prendeu Ribeiro. A então relatora, ministra Cármen Lúcia, devolveu a apuração à primeira instância depois que Bolsonaro deixou a presidência da República pela perda de foro.

O Caso

A investigação apura supostos desvios no Ministério da Educação. Milton Ribeiro e outros dois pastores são suspeitos de operar um “balcão de negócios” na pasta e na liberação de verbas do FNDE (Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação). Além disso, prefeitos de várias cidades relataram ter recebido pedidos de propina por parte dos pastores.

Ribeiro chegou a ser preso preventivamente em operação da PF nessa investigação. O Tribunal Regional Federal da 1ª Região revogou a prisão no dia seguinte.

Na época dos fatos, Ribeiro negou que tenha favorecido pastores. Bolsonaro também negou que teria interferido na PF.
 

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