Longe da URSS, economia da Rússia pode diminuir 11% com a guerra
O país já esperava crescimento baixo e economia exposta à instabilidade do petróleo
Foto: Reprodução/Agência Brasil
Em meio as sanções aplicadas por potências do Ocidente sobre a Rússia, desde o ataque à Ucrânia, como a retirada dos russos sistema internacional Swift, a grande questão nos mercados é o quanto o país será capaz de suportar o choque.
O risco para a economia russa, a 11ª maior do mundo, é que seus desafios estruturais — do crescimento baixo à dependência do preço internacional do petróleo — fiquem ainda mais claros.
Com as sanções, o Goldman Sachs avalia uma queda do PIB russo de 7%, e o JPMorgan, de 11%. Já o Fundo Monetário Internacional (FMI) projetava, antes da guerra, uma elevação de 2,8% neste ano.
Nos últimos dias, a frase dita por um ex-assessor do governo Barack Obama, o economista Jason Furman, durante entrevista ao jornal The New York Times, gerou debates.
A Rússia é “incrivelmente desimportante para a economia global — exceto por petróleo e gás”, disse Furman.
Para o economista, a Rússia é “basicamente um grande posto de gasolina” do mundo. O país é o terceiro maior produtor de petróleo, ficado atrás apenas da Arábia Saudita e dos Estados Unidos, além de apresentar importância para a cadeia de energia do planeta.
