Mesmo com mutirões, fila para procedimentos cirúrgicos no SUS não registra redução em 2023
Secretario de Saúde aponta que problema é causado por demanda reprimida
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Em 2023, cerca de 211 mil cirurgias de média e alta complexidade foram realizadas, por meio de mutirão, através do Sistema Único de Saúde (SUS), no Brasil. O grande ponto é que, mesmo com as ações, não foi registrado uma redução significativa na fila de espera do SUS.
Segundo o secretário da Saúde, Eleuses Paiva, o cenário ainda é reflexo da pandemia de covid-19, quando pacientes deixaram de procurar atendimento. Com isso, enxerga-se uma demanda reprimida por procedimentos cirúrgicos.
Apesar de reconhecer o problema, o secretário não sabe precisar o tamanho dessa fila. Segundo ele, a sobreposição de filas de espera, feitas pelas prefeituras, por centros de referência e até por organizações sociais que operam no Sistema Único de Saúde (SUS) tornaria difícil diagnosticar corretamente o total de pessoas esperando tratamento.
“As filas de espera por cirurgias são descentralizadas no estado, mas a atual gestão trabalha para identificá-las e unificá-las. Desde o primeiro dia do novo governo, a Secretaria Estadual de Saúde vem atuando com a perspectiva da implantação de filas únicas regionais e publicizadas”, informa a secretaria, em nota enviada ao site Metrópoles.
O Estado, por sua vez, tem tentado dividir mais as responsabilidades com os municípios. Em outubro, o governo lançou o programa Incentivo à Gestão Municipal, que repassará R$ 686 milhões às prefeituras no ano que vem, com valores que vão variar a depender do tamanho e população de cada região.