Michel Temer afirma que MDB levará candidatura de Simone Tebet "até o fim"
Ex-presidente fala em crescimento da correligionária nas próximas pesquisas de intenção de voto
Foto: Alan Santos/PR | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Michel Temer (MDB), ex-presidente do Brasil, disse nesta quarta-feira (6), que a intenção do MDB é levar a candidatura da senadora Simone Tebet (MDB-MS) ao Palácio do Planalto "até o fim". As informações foram divulgadas após discurso na Confederação Nacional da Indústria (CNI), que ocorreu em Brasília. Além disso, o político afirmou que espera um crescimento da correligionária nas pesquisas de intenção de voto.
“Pessoalmente acho que ela vai crescer na pesquisa. Nós temos abril, maio, junho, julho, muito tempo pela frente. Acho que o desempenho que ela está tendo, o empenho, o desembaraço vai fazer com que ela cresça na pesquisa”, afirmou o ex-presidente em entrevista com jornalistas.
“Eu tenho falado muito com o presidente Baleia Rossi e outros companheiros do MDB. A ideia é exatamente esta: levar (a candidatura) até o fim”, retificou.
A deputada vem ganhando força nos últimos dias e está sendo colocada em um lugar de "terceira via", com a saída do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro (União Brasil) da corrida pela Presidência e a briga interna no PSDB entre o ex-governador de São Paulo João Doria e o ex-governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite.
Tebet está se esforçando para aproveitar o momento e impulsionar sua candidatura. Entretanto, 13 diretórios regionais do MDB já indicaram que devem apoiar Lula já no primeiro turno, enquanto outros podem caminhar com Bolsonaro.
Questionado se o apoio amplo do partido a outros nomes pode inviabilizar a candidatura de Simone, Temer negou: “Isso é tradicional do MDB. Os partidos, na verdade, são muito mais regionais do que nacionais, porque isso não acontece apenas com o MDB”, disse o ex-presidente.
“Muitos lá, em função dos interesses locais, apoiam A, B ou C. É claro, a gente fala muito sobre reforma política, e o ideal seria caminhar para um sistema em que os partidos realmente representassem uma parcela da opinião pública e, portanto, estivessem unidos em todas as suas teses, seja no plano federal, seja no plano estadual ou municipal. Mas, lamentavelmente, não é isso que tem acontecido”, finalizou.