Ministério Público processa Uber por racismo religioso realizado por motoristas do aplicativo
Ação pede que a empresa providencie qualificação em combate à discriminação e pague R$ 3 milhões por danos coletivos
Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) abriu uma ação civil pública contra a empresa Uber do Brasil Tecnologia Ltda pelos casos de racismo religioso realizados pelos motoristas do aplicativo contra praticantes de religiões de matriz africana. O caso ocorreu na Paraíba.
A ação, ajuizada pela promotora Fabiana Lobo, solicita que a empresa receba a condenação de propiciar qualificações para o combate à discriminação e ao pagamento de R$ 3 milhões por dano moral coletivo, designado ao Fundo Estadual de Direitos Difusos da Paraíba (FDD-PB)
O caso começou a denúncia depois de uma usuária no mês março, na ocasião em que um motorista cancelou a corrida quando soube que o local de destino era um terreiro de Candomblé, enviando uma mensagem preconceituosa para a passageira.
A apuração mostrou que outros usuários contaram episódios parecidos, como a recusa de viagens e posturas discriminatórias, contendo comentários desrespeitosos e imposição de músicas religiosas cristãs em situações intimista.