MPT acusa Petrobras de manter mais de 70 trabalhadores em cárcere privado
A ação aponta que funcionários chegaram a trabalhar até 11 dias consecutivos
Foto: Agência Brasil
O Ministério Público do Trabalho de São Paulo (MPT-SP) acusa a Petrobras de manter 73 trabalhadores em cárcere privado. A ação foi movida baseado em um caso ocorrido em fevereiro deste ano, quando funcionários da refinaria de Presidente Bernardes, em Cubatão (SP), entraram em greve.
De acordo com o MPT, a Petrobras não liberou os funcionários e alegaram que eles só poderiam deixar os postos caso fossem rendidos por outros. Na ação, há relatos de funcionários que trabalharam de oito a até 11 dias consecutivos.
Na ação, o Ministério também pede que a empresa pague indenização de R$ 100 milhões e reparação individual de R$ 100 mil aos funcionários envolvidos.
Em nota, a Petrobras justificou o caso dizendo que “No movimento grevista [de fevereiro], deflagrado dois meses após o fechamento do acordo coletivo de trabalho em vigor, o sindicato, desobedecendo ordem judicial, negou-se reiteradamente a manter o contingente mínimo determinado [pela Justiça]”.
A empresa também esclareceu que “repudia a alegação de prática de cárcere privado” e que “já apresentou as razões preliminares ao juiz, para o qual ainda não há decisão”.