Número de mortes de negros pela polícia brasileira cresce; de brancos cai, afirma ONU
A crítica foi apresentada pelo novo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk
Foto: Reprodução/Agência Brasil
O número de mortes entre as pessoas negras disparou, enquanto foi registrada uma queda entre os brancos, conforme a ONU, que denuncia as diferentes formas de tratamento da polícia no país. As críticas foram apresentadas pelo novo Alto Comissário da ONU para Direitos Humanos, Volker Turk.
Em avaliação sobre os 40 locais mais críticos em termos de violações no mundo, a agência destacou a situação da violência policial brasileira contra a população negra. Para Turk, "a violência que é tão desproporcionalmente infligida às pessoas de descendência africana pelos agentes da lei é um exemplo do profundo dano estrutural enraizado na discriminação racial".
"Meu escritório e os mecanismos de direitos humanos da ONU têm repetidamente destacado o uso excessivo da força, o perfil racial e práticas discriminatórias pela polícia, mais recentemente na Austrália, na França, na Irlanda e no Reino Unido", indicou.
Conforme o levantamento, o Brasil é destaque entre as nações. "No Brasil, o total de mortes em encontros com a polícia caiu em 2021 pela primeira vez em 9 anos, com uma queda de 31% para os brancos, de acordo com uma fonte - mas um aumento de quase 6% no número de mortes de afrodescendentes", afirmou Turk.