Primeira 'grande paralisação lunar' em 20 anos acontece neste fim de semana e pode ser vista no Hemisfério Norte
Fenômeno ocorre quando a inclinação da Lua e da Terra atingem o ponto máximo

Foto: Mike Greenham/GettyImages
O primeiro lunistício, desde 2006, poderá ser observado a partir desta sexta-feira (21) no Hemisfério Norte. Durante o fenômeno, a Lua nasce e se põe nos pontos mais ao norte e ao sul no horizonte e atinge suas posições mais altas e baixas, em um ciclo que dura 18,6 anos.
Na sexta, a Lua nascerá no ponto mais a nordeste do horizonte e irá se pôr na posição mais a noroeste, o que deve fazê-la permanecer no céu por mais tempo.
Um dos lugares mais apropriados para assistir ao fenômeno será em Stonehenge, no interior da Inglaterra. Milhares de turistas são esperados no local para o solstício de verão e a sobreposição do lunistício, incluindo cientistas que investigam a ligação de Stonehenge com a grande paralisação lunar.
O que possibilita o fenômeno é a trajetória da Lua que apresenta uma inclinação diferente em relação ao resto do sistema solar, onde os planetas, planetas-anões e asteroides orbitam dentro de um plano chamado de eclíptica. A Terra gira em torno de um eixo inclinado a 23,4 graus em relação a esse plano, o que garante à Lua uma inclinação de apenas 5,1 graus em relação à eclíptica.
Isso faz com que os pontos de nascer e se pôr do satélite possam variar em 57 graus ao longo do ano. Quando a inclinação de ambos os corpos celestes atinge o máximo, a grande paralisação lunar ocorre, e a Lua alcança seus pontos mais extremos ao norte e ao sul do horizonte.