Rebanhos bovino e ovino e produção de ovos bateram recordes históricos na Bahia, em 2023
Montante gerado por produtores da pecuária baiana em 2023 foi o maior nos 28 anos de vigência do Real (desde 1994), com dois dos quatro produtos tendo altas
Foto: Reprodução/Erico Erico Jr/ Pixabay
Entre os anos de 2022 e 2023, a Bahia teve novo avanço no valor total da produção animal, apresentando um crescimento de R$70,5 milhões em um ano. Dois dos quatro produtos de origem animal tiveram aumentos quantitativos nesse período.
As informações são da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Bovinos
O número de bovinos no estado aumentou de 12,5 milhões para 13,3 milhões de animais (+6,1%), o que representou mais 764,5 mil, 2° maior aumento absoluto entre os estados, atrás apenas do Paraná (+822,7 mil cabeças). Com esse crescimento, em 2023, o efetivado baiano de bovinos chegou ao seu maior patamar em 49 anos.
O maior rebanho da Bahia passou a estar em Santa Rita de Cássia (188,4 mil cabeças). Porém, o maior crescimento no número de bovinos entre 2022 e 2023 na Bahia, ocorreu em Santa Terezinha, com um aumento de 312,9%, passando de 23,0 mil para 95,1 mil e alcançando o 29° lugar no ranking estadual.
Ovinos e Caprinos
Entre 2022 e 2023, a Bahia teve os maiores crescimentos absolutos do país nos efetivos de ovinos (mais 345,1 mil ovelhas, carneiros e borregos, ou +7,4%) e caprinos (mais 217,0 mil bodes, cabras e cabritos, ou +5,8%). Ambos registraram aumentos pelo segundo ano consecutivo.
Com esses resultados positivos, a Bahia manteve a sua posição de líder nacional nesses dois rebanhos de médio porte, com 5,0 milhões de ovinos e 4,0 milhões de caprinos em 2023. O efetivo baiano de ovinos em 2023 também foi recorde no estado. Os três municípios brasileiros com mais ovinos estão na Bahia: Casa Nova, Juazeiro e Remanso; Enquanto os municípios baianos com maior número de caprinos são: Casa Nova (1º), Juazeiro (3º) e Curaçá (4º).
Galináceos
Entre os oito rebanhos investigados pela PPM, o único que apresenta diminuição, entre 2022 e 2023, foi o de galináceos, grupo que engloba frangos para corte e galinhas poedeiras. O plantel diminuiu, de um ano para o outro, cerca de 7,7%, passando de 49,7 milhões para 45,8 milhões, o que representou menos 3,8 milhões de cabeças em um ano.
A queda foi registrada tanto no efetivo destinado ao abate, que passou de 41,9 milhões para 38,2 milhões (-8,9%), quanto no número de galinhas poedeiras (para produção de ovos), que passou de 7,7 milhões para 7,6 milhões (-1,3%). Mesmo com o resultado negativo dos galináceos entre 2022 e 2023, a Bahia seguiu tendo o 8º maior efetivo do país.
Em 2023, Barreiras (6,5 milhões) seguiu tendo o maior plantel de galináceos da Bahia. Luís Eduardo Magalhães (3,2 milhões) assumiu a 2ª posição, ultrapassando Conceição da Feira (3,1 milhões), que caiu para o 3º lugar.
Produção de ovos de galinha
Entre 2022 e 2023, a produção de ovos de galinha na Bahia cresceu pelo quarto ano consecutivo. No ano passado, foram produzidas 122,6 milhões de dúzias de ovos, novo recorde para o estado desde o início da série histórica da PPM, em 1974. Frente ao ano anterior, a Bahia apresentou aumento de 1,3% ou mais 1,6 milhão de dúzias.
Os principais municípios produtores de ovos de galinha no estado, em 2023, foram Eunápolis (24,2 milhões de dúzias), Barreiras (13,9 milhões de dúzias) e Entre Rios (10,0 milhões de dúzias). Frente a 2021, Eunápolis teve o maior aumento absoluto na produção de ovos, de 23,2 milhões para 24,2 milhões de dúzias (+4,2%). O estado é apenas o 11° maior produtor de ovos de galinha no Brasil, respondendo por 2,5% das 5,0 bilhões de dúzias produzidas no país em 2023.
Produções de leite e mel
Entre 2022 e 2023, a produção baiana de leite diminuiu, após dois anos seguidos de resultados positivos, e ficou em 1,267 bilhão de litros, em uma redução de 0,7% frente a 2022, ou menos 9,0 milhões de litros em um ano.
Em 2023, os municípios de Itarantim (46,7 milhões de litros), Medeiros Neto (32,2 milhões de litros) e Jaborandi (30,0 milhões de litros) seguiram como os três maiores produtores de leite do estado.
Com isso, a Bahia caiu do 6º para o 7º lugar entre os maiores produtores do país, respondendo por 7,4% do total nacional, que foi de 64,2 mil toneladas em 2023 (2,7% a mais do que em 2022).
Aquicultura
Entre 2022 e 2023, a aquicultura na Bahia teve importante crescimento do seu valor da produção (+50,4%), após queda no ano anterior, passando de R$ 183,6 milhões para R$ 276,1 milhões. Esse crescimento foi puxado pela tilápia.
Em um ano, a produção de tilápia cresceu 53,6%, de 8,1 mil toneladas em 2022 para 12,5 mil toneladas em 2023. O aumento de 4,3 mil toneladas foi o 3º maior do país, e a Bahia se manteve no 8º lugar entre os maiores produtores do peixe.
A cidade de Glória foi líder na produção baiana do peixe, com seu volume crescendo 74,2% em um ano, de 4,9 mil para 8,5 mil toneladas, entre 2022 e 2023.