Alexandre Saraiva diz que foi convidado para assumir PF no Rio, sem menção a Bolsonaro

O superintendente da Polícia Federal no Amazonas, Alexandre Silva Saraiva, disse nesta quarta-feira (13), em depoimento,  que o convite para assumir a chefia da corporação no Rio de Janeiro, em 2019, não foi vinculado a “nenhuma missão” ou “intenção pontual” de interesse do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). O depoimento de Saraiva faz parte das investigações do inquérito que apura se o presidente tentou interferir na PF e ter acesso a dados de investigações.

Saraiva contou ainda, na oitiva, que foi o diretor-geral da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem, quem lhe telefonou, naquele mês, perguntado se aceitaria assumir a Superintendência da PF no Rio, substituindo, na ocasião, o delegado Ricardo Saadi. Ramagem foi nomeado por Bolsonaro diretor-geral da PF no mês passado. Contudo,  o ato foi barrado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes.