Telegram tem 24h para entregar à PF dados pessoas suspeitas de planejar atentados à escolas
A empresa pode ter o serviço suspenso no Brasil
Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil
O Telegram tem 24 horas para repassar dados de grupos e de pessoas suspeitas de planejar ataques à escolas sob pena de suspender o serviço no Brasil. A Justiça Federal determinou o prazo nesta quarta-feira (19).
O pedido foi feito pela Polícia Federal (PF), que alega que o Telegram estaria se recusando a passar dados e informações que ajudariam na identificação destes grupos. A PF afirma que o pedido foi feito "por motivo de segurança".
As informações solicitadas são de grupos, inclusive neonazistas, que estariam promovendo ódio e incentivando crianças a praticar atos violentos nas escolas.
As operadoras serão oficiadas de decisão que suspende as atividades do Telegram no país.
Após ataques em escolas de São Paulo e de Santa Catarina, o Ministério da Justiça aponta que 756 perfis em diferentes redes sociais foram retirados do ar por influenciar ou estimular ataques violentos nas escolas.
O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino,afirmou que em 100 casos, houve pedido para que as redes preservassem o conteúdo desses perfis para abastecer investigações em curso.
Na última reunião, na terça-feira (18), o presidente Lula se reuniu com ministros, governadores e chefes dos poderes Legislativo e Judiciário nesta terça, no Palácio do Planalto, para criar um "Conselho da Federação" que possa enfrentar essa e outras questões em âmbito nacional.
Balanço do Ministério da Justiça:
225 pessoas presas ou apreendidas;
694 adolescentes e adultos intimados a prestar depoimento em delegacias/
155 buscas e apreensões;
1.595 boletins de ocorrência registrados;
1.224 casos em investigação – o que não significa 1.224 possíveis ataques, já que o número também inclui pessoas que estimularam ou divulgaram material criminoso ligado ao tema.