Universidades pedem mais recursos ao Governo Federal
Segundo reitores, instituições enfrentam “uma situação dramática devido a sucessivos cortes orçamentários de anos anteriores"
Foto: Angélica Gouveia/ CCS UFPB
As reitoras e os reitores da Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), que reúne todas as 69 universidades federais e dois centros federais de Educação Tecnológica (Cefet), divulgaram nesta sexta-feira (15) uma nota na qual pedem mais recursos para as instituições.
Segundo a nota, as universidades federais enfrentam “uma situação dramática devido a sucessivos cortes orçamentários de anos anteriores, afetando negativamente o ensino, a pesquisa, a extensão e a inovação, de excelência reconhecida nacional e internacionalmente”.
Apesar de reconhecerem o aumento do diálogo com o Governo desde o início do ano e o esforço e compromisso do Ministério da Educação (MEC) em evitar contingenciamentos nos orçamentos das universidades federais, as instituições ressaltam que os recursos repassados às universidades federais este ano foram insuficiente.
Segundo a Andifes, a falta de recursos somada à falta de repasses para acompanhar o essencial e justo aumento das bolsas de graduação e pós-graduação feito este ano pelo MEC e Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), colocaram as universidades “em uma situação crítica no último trimestre do ano, à beira da insustentabilidade”.
Além disso, diz a nota, o Projeto de Lei Orçamentária 2024 contém um orçamento menor para as universidades federais do que o montante conquistado em 2023.
Diante dessa situação, as reitoras e reitores pedem a complementação de R$500 milhões no orçamento das universidades federais ainda este ano e o acréscimo de R$2,5 bilhões nos recursos discricionários no Orçamento de 2024.
Em nota, o Ministério da Educação afirmou que tem atuado para “recompor o orçamento e fortalecer o ensino superior público, depois de anos de desmonte e descaso”. Para as universidades federais, a pasta ressalta que ampliou o orçamento encaminhado na PLOA 2023 em mais de R$1,3 bilhão, quando comparado ao ano anterior, sem cortes no decorrer do ano. Ainda nesta sexta-feira (15), uma portaria complementou o custeio em R$150 milhões.