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Economia

Valor da cesta básica registra queda em 15 das 17 capitais analisadas pelo Dieese

Entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta subiu em 13 cidades

Por Da Redação, Agência Brasil
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Valor da cesta básica registra queda em 15 das 17 capitais analisadas pelo Dieese

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

De acordo com dados do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), responsável pela realização mensal da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos, o valor da cesta básica diminuiu em 15 das 17 capitais analisadas pela entidade em 2023.

As principais reduções acumuladas no período de 12 meses, de dezembro de 2022 até dezembro de 2023, foram registradas em Campo Grande (-6,25%), Belo Horizonte (-5,75%), Vitória (-5,48%), Goiânia (-5,01%) e Natal (-4,84%). Já as taxas positivas acumuladas ocorreram em Belém (0,94%) e Porto Alegre (0,12%). 

“A tendência, para o conjunto dos itens, foi de redução, movimento que, junto com a revalorização do salário mínimo e a ampliação da política de transferência de renda, trouxe alívio para as famílias brasileiras, que sofreram, nos últimos anos, com aumentos de preços dos alimentos, em geral, acima da média da inflação”, concluiu o Dieese, em nota.

Veja também: Projeção de inflação para 2024 é mantida pela mercado financeiro, diz BC

O custo da cesta em comparação ao salário mínimo líquido – descontado o valor referente à Previdência Social – mostra que o trabalhador remunerado pelo piso nacional comprometeu, em dezembro de 2023, 53,59% do rendimento para adquirir os mesmos produtos que, em novembro, demandaram 52,82%, indica o estudo. Em dezembro de 2022, o comprometimento era de 60,22%.

Entre novembro e dezembro de 2023, o valor da cesta subiu em 13 cidades, com destaque para Brasília (4,67%), Porto Alegre (3,70%), Campo Grande (3,39%) e Goiânia (3,20%). As diminuições ocorreram em Recife (-2,35%), Natal (-1,98%), Fortaleza (-1,49%) e João Pessoa (-1,10%).

Em dezembro de 2023, o maior custo da cesta foi em Porto Alegre (R$ 766,53), depois em São Paulo (R$ 761,01), Florianópolis (R$ 758,50) e no Rio de Janeiro (R$ 738,61). Aracaju (R$ 517,26), Recife (R$ 538,08) e João Pessoa (R$ 542,30) registraram os menores valores médios.

Com base na cesta mais cara, que em dezembro foi a de Porto Alegre, o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas deveria equivaler a R$ 6.439,62 ou 4,88 vezes o valor atual do salário mínimo, de R$ 1.320,00. Em novembro, o mínimo necessário correspondeu a R$ 6.294,71 ou 4,77 vezes o piso vigente. Em dezembro de 2022, ficou em R$ 6.647,63, ou 5,48 vezes o piso em vigor, que equivalia a R$ 1.212,00.

A instituição explica que pontos como a questão climática, os conflitos externos, o câmbio desvalorizado que estimula a exportação, e o forte impacto da demanda externa sobre os preços internos das commodities acarretaram preocupação em 2023 e podem ser desafios para 2024.

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