Acervo pessoal de Bolsonaro com joias de sauditas também inclui 74 facas
Ao longo dos quatro anos de mandato, ex-presidente acumulou 19.470 itens
Foto: Agência Brasil
Durante o período em que esteve na Presidência da República, Jair Bolsonaro (PL) acumulou um acervo robusto que vai muito além do pacote enviado pela Arábia Saudita com relógio, caneta, abotoaduras e anel em outubro de 2021. Ao todo, a lista inclui 44 relógios, 74 facas, 54 colares, 112 gravatas, 618 bonés, 448 camisas de futebol e 245 máscaras de proteção facial, além de munição e colete à prova de balas.
Ao longo dos quatro anos de mandato, Bolsonaro acumulou 19.470 itens, de acordo com a lista elaborada pela Presidência obtida via Lei de Acesso à Informação (LAI) pelo jornal Folha de S. Paulo. A relação de itens inclui presentes dados a Bolsonaro por empresas, populares, autoridades nacionais e estrangeiras.
Como não há detalhamento sobre o valor das peças, não é possível identificar se há outros objetos de luxo. Há mais artigos oriundos do governo da Arábia Saudita, mas a relação disponível não possibilita saber mais detalhes, como a grife, e estimar seus preços.
A legislação prevê que o acervo privado do presidente da República pode ser vendido, desde que respeitado o direito de preferência da União após avaliação de eventual interesse público. No entanto, a lista de bens que podem ser considerados privados pela lei, quando se trata de lembranças de governos estrangeiros, é bastante restrita. As exceções são determinados documentos e itens de consumo próprio, como alimentos e bebidas.