Brasil registra abertura de 2 milhões de empresas no primeiro semestre de 2023
Queda de 1,5% em comparação com o ano anterior não diminui expressividade dos números

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O Brasil presenciou um expressivo crescimento na abertura de novas empresas no primeiro semestre de 2023, com a criação de 2,014 milhões de novos Cadastros Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJs). Esses números impressionantes equivalem a uma média de 7,73 novas empresas a cada minuto. No entanto, apesar da impressionante taxa de aberturas, esse número representa uma leve queda de 1,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram registradas 2,045 milhões de aberturas.
A análise dos dados revela que a grande maioria das empresas recém-criadas são microempresas, representando 94,06% do total (ou seja, 1,895 milhão). As demais empresas dividem-se entre pequenas empresas (3,43%) e outras categorias (2,5%). Um aspecto notável é a eficiência do processo de abertura de empresas, com um tempo médio de um dia e três horas, uma redução de 60 minutos em relação ao mês de julho.
O tempo médio de abertura inclui a fase de viabilidade, que leva 13 horas, e o registro do CPF, com mais 14 horas. Entretanto, há uma variação significativa entre os estados brasileiros, sendo São Paulo o mais lento para efetivar uma empresa, com um tempo médio de 41,3 horas, enquanto em Sergipe, esse processo é concluído em surpreendentes 7,6 horas.
Com essas movimentações, o Brasil agora soma um total de 21,6 milhões de empresas ativas, após a abertura de quase 2,3 milhões de novas matrizes e mais de 58 mil filiais nos primeiros meses deste ano.
Além disso, o primeiro semestre de 2023 também foi marcado pelo fechamento das portas de 1,119 milhão de empresas, um volume 32,2% maior do que o registrado no mesmo período de 2022, quando 845.997 companhias encerraram suas atividades. É importante destacar que a grande maioria dos fechamentos (95,5%) envolveu microempresas, enquanto empresas de pequeno porte e de outras categorias tiveram um aumento mais lento nas taxas de encerramento.
A especialista em finanças e investimentos, Kélen Abreu, observa que esse aumento nos fechamentos de empresas pode refletir as facilidades para se tornar um microempreendedor individual no Brasil, bem como a possibilidade de esses empreendedores terem encontrado empregos formais no mercado, abandonando suas empresas.