Economia

Com alta do PIB de 0,9%, Fazenda deve revisar para cima projeção para 2024

O resultado do terceiro trimestre foi puxado pelas altas dos serviços (0,9%) e da indústria (0,6%)

Por FolhaPress
Ás

Atualizado
Com alta do PIB de 0,9%, Fazenda deve revisar para cima projeção para 2024

O Ministério da Fazenda deve revisar para cima a projeção de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) de 2024 após a alta de 0,9% divulgada nesta terça-feira (3) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A projeção atual é de alta de 3,3%.

A nova projeção trará "perspectivas de maior crescimento para a indústria e para os serviços", disse, em nota, a SPE (Secretaria de Política Econômica) do Ministério da Fazenda.

"Os resultados observados para o PIB no terceiro trimestre mostraram que a economia brasileira seguiu em ritmo robusto de expansão mesmo com menores impulsos fiscais", avaliou o órgão.

Isso aconteceu, prosseguiu, graças ao "bom desempenho da indústria de transformação e construção e pelo crescimento na prestação de serviços diversos".

"Pela ótica da demanda, essa expansão se refletiu em forte expansão do consumo das famílias e, principalmente, do investimento", continuou.

O resultado do terceiro trimestre foi puxado pelas altas dos serviços (0,9%) e da indústria (0,6%). A agropecuária, por outro lado, recuou (-0,9%).

A variação de 0,9% veio levemente acima da mediana das previsões do mercado financeiro, que era de 0,8%, conforme a agência Bloomberg. O intervalo das estimativas ia de 0,6% a 1,1%.

Para o quarto trimestre, avalia a SPE, a atividade econômica deve continuar crescendo, mas também com desaceleração. A alta do PIB entre abril e junho foi de 1,4%.

Um fator que leva a essa desaceleração é a taxa de juros, avaliou a Fazenda. "A política monetária mais contracionista deverá restringir o ritmo de expansão das concessões de crédito e dos investimentos", pontuou.

"Ainda assim, impulsos positivos devem vir do mercado de trabalho, que deverá seguir resiliente, estimulando a produção e o consumo das famílias", analisou.

Para o próximo ano, a SPE vê uma "boa perspectiva" para a agropecuária e a produção extrativa. "O bom desempenho dessas atividades deve ajudar a mitigar a desaceleração esperada para as atividades cíclicas, mais impactadas pelo aumento dos juros e pelos menores estímulos fiscais", concluiu.

A ministra do Planejamento, Simone Tebet, disse em postagens nas suas redes sociais que o resultado do PIB no terceiro trimestre "mostra que o país está produzindo cada vez mais, gerando renda e emprego".

"Com medidas que promovam o equilíbrio das contas públicas vamos fortalecer a economia e garantir que as conquistas perdurem", acrescentou.
 

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