Doses entregues da vacina de COVID-19 atualizada representam menos de 20% do grupo prioritário

O Ministério da Saúde lançou uma nova campanha de vacinação contra a Covid-19 esta semana. O objetivo é imunizar cerca de 70 milhões de pessoas do público-alvo. A quantidade de doses entregue pela pasta aos estados e municípios, no entanto, não deve cobrir nem 20% do grupo considerado prioritário.

Na primeira quinzena de maio, o Brasil recebeu 9,5 milhões de doses desenhadas para proteger da variante XBB.1.5 do coronavírus. Elas fazem parte do contrato emergencial de 12,5 milhões de doses. Em nota, o ministério informou que as vacinas estão em processo de distribuição aos estados.

No entanto, essas 12,5 milhões de doses conseguem imunizar menos de 20% do grupo prioritário estipulado para receber a vacina em 2024, estimado em cerca de 70 milhões de pessoas.

Idosos a partir de 60 anos, imunocomprometidos a partir de 5 anos, gestantes e puérperas deverão receber duas doses, com intervalo de seis meses. Se calculadas as 9,5 milhões, a cobertura não chegará a 15% desse público.

Grupos prioritários

O ministério informou que segue a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de ofertar a vacinação periódica para os grupos de maior risco.

Veja lista de prioritários:

• Pessoas de 60 anos ou mais
• Pessoas vivendo em instituições de longa permanência (ILPI e RI) e seus trabalhadores
• Pessoas imunocomprometidas a partir de 5 anos de idade
• Indígenas
• Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas e quilombolas
• Gestantes e puérperas
• Trabalhadores da saúde
• Pessoas com deficiência permanente
• População privada de liberdade e funcionários do sistema de privação de liberdade, adolescentes e jovens cumprindo medidas socioeducativas
• Pessoas com comorbidades
• Pessoas em situação de rua

Covid-19 no Brasil

Dados do último informe epidemiológico apontam que foram notificados 591.951 casos de coronavírus no Brasil em 2024 e 3.452 óbitos.