Quase 40% das pessoas não aceitariam ser promovidas em meio a mercado de trabalho desgastante
A pesquisa foi feita com 27 mil pessoas
Foto: Freepik
Diferente de anos atrás, quando a ideia de sucesso profissional estava ligada a alcançar cargos nos negócios, a realidade de hoje aponta que 39% das pessoas não aceitariam uma promoção profissional, segundo estudo da agência de recrutamento Randstad.
A pesquisa, feita com 27 mil pessoas, também mostra que 34% dos entrevistados não querem subir de cargo, ao compreenderem que são posições mais desgastantes.
A especialista em carreira, Patricia Agopian, ouvida pela CNN, diz que, apesar de posições corporativas mais altas serem vistas como sinônimo de sucesso profissional, algumas pessoas acreditam que aceitar essas funções significa abdicar da qualidade de vida ou até mesmo da saúde mental.
Já Lina Nakata, estudiosa da Pesquisa FIA — Lugares Incríveis para Trabalhar, aponta outra razão: o custo-benefício entre o novo salário e as exigências da função.
"A preocupação em atuar profissionalmente com propósito e prezando não só a remuneração, como também a saúde mental, tem sido muito pautada pela Geração Z — nascidos entre 1996 e 2010 — mas, segundo as especialistas consultadas pela CNN, quase todos têm buscado mais equilíbrio.
Para a especialista em carreira, o sentimento é também de insegurança e acomodação, relatando que diversos dos seus alunos “já vem com uma crença pré-estabelecida de que aquele é o limite dela e uma aceitação muitas vezes pelo mediano”. Além disso, subir de cargo ficou mais difícil, diz a especialista.
“Nos últimos anos, as empresas passaram por vários processos de horizontalização, tornando as empresas bem mais enxutas quantos aos níveis e bem mais achatadas no organograma”.