Brasil apresenta maior crescimento do risco-país que demais nações da América Latina
Política fiscal do país e problemas com a Petrobras prejudicam a economia brasileira

Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil
A percepção de risco dos investidores internacionais sobre o Brasil apresentou uma piora maior do que nos demais países da América Latina. Somente neste ano, o risco-país brasileiro medido em CDS (Credit Default Swap) apresentou crescimento de 87 pontos, subindo ao patamar de 290 pontos.
As informações foram levantadas pela consultoria Tendências. No mesmo período, a média do risco-país da Colômbia, Chile, Peru e México cresceu 58 pontos, indo para 168 pontos.
O CDS funciona como um seguro contra calote e é uma das principais medições de riscos entre as economias. Assim, quanto mais alto é, mais arriscado o país é considerado pelos investidores.
Além dos juros mais altos nos Estados Unidos, o que prejudica todos os países e chegou a reduzir a previsão para o PIB mundial deste ano de 4,4% para 3,6%, segundo o Fundo Monetário Internacional, o Brasil ainda sofre com incertezas que elevam ainda mais o CDS.
Atualmente, despertaram a preocupação recente dos investidores as questões envolvendo o governo de Jair Bolsonaro (PL) e o Congresso, como uma possível intervenção na política de preços da Petrobras e o custo fiscal para conter a alta dos preços dos combustíveis.