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Bahia

Operação Impressão Digital: Empresário preso usava familiares como laranjas para aplicar golpes

Os golpes visavam a sonegação de impostos devidos ao Governo do Estado da Bahia; prejuízo ultrapassa R$ 15 milhões

Por Da Redação
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Operação Impressão Digital: Empresário preso usava familiares como laranjas para aplicar golpes

Foto: Reprodução/SSP-BA

Na manhã desta sexta-feira (12), a Polícia Civil deflagrou a operação "Impressão Digital" que investiga empresas do ramo de materiais e equipamentos de impressão, envelopamento e comunicação visual, que criaram esquema para sonegar impostos devidos ao governo da Bahia. 

O primeiro dia da operação terminou com a prisão de um casal de empresários em Lauro de Freitas, Região Metropolitana de Salvador. Eles utilizavam o nome de familiares para abrir novas empresas, no mesmo ramo empresarial, e abandonar as antigas sem quitar dívidas tributárias. 

O prejuízos aos cofres da Bahia ultrapassa a casa dos R$ 15 milhões. 

“Foi identificada essa prática de abandono de empresas neste ramo de comunicação visual, que estavam em débito, para  abrir novas empresas em nome de terceiros, muitos deles do grupo familiar e assim continuar operando o segmento empresarial”, explica o promotor de justiça Alex Neves, em coletiva de imprensa virtual realizada nesta sexta.

Cerca de nove empresas foram identificadas como integrantes do esquema. As sociedades eram abertas em nomes de parentes do empresário preso e de outros laranjas sem aparentes vínculos com a família.

“Estamos investigando as conexões desses laranjas para entender a extensão do esquema”, explica o promotor. Ele também diz que a operação também teve desdobramentos em São Paulo, Ceará e Pernambuco.

Pontapé das investigações

As investigações tiveram início após a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (Sefaz) enviar ao Ministério Público três notícias crime de empresas que sonegavam o Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) devido ao estado por quem explora atividades empresariais.

Foi observado conexões entre os empresários devedores e sócios de outras empresas do mesmo ramo, isso ampliou as investigações e revelou que  o esquema existe desde 2015 e já sonegou mais de R$ 15 milhões. “Essa mistura de empresas é justamente uma forma de confundir e dificultar a fiscalização da Sefaz e da própria polícia”, explica o promotor. 

Aqui, no estado da Bahia, 17 mandados de busca e apreensão foram cumpridos, além das duas prisões. Os agentes executaram as ações em Salvador, Lauro de Freitas e Feira de Santana. Em um dos locais, quatro empresas diferentes funcionavam em um galpão onde apenas uma tinha autorização para operar.

As identidades dos presos não foi revelada. Eles estão sendo interrogados pela Polícia Civil e serão encaminhados para o cumprimento de prisão temporária de cinco dias.

As ações em Barueri, em São Paulo; Eusébio e Fortaleza, no Ceará; e Recife, em Pernambuco visam entender a extensão do esquema e a relação dos empresários com laranjas que não possuem vínculos familiares com os acusados.Os nomes das empresas envolvidas também não foram divulgados.

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